COMMANDER |
O Pergaminho Magnífico, Uma exploração do simbolismo do corpo humano : Opúsculo 1, O MétodoO corpo humano! Eis algo que nos é, simultaneamente, próximo, comum a todos e tão pouco conhecido! Mesmo nomeá-lo é delicado: deveríamos chamá-lo «objecto», «sujeito» ou «templo»? Enquanto objecto, hoje em dia ele é dissecado e analisado sob todos os seus aspectos com uma precisão nunca antes alcançada na história da humanidade, enquanto sujeito participa da identidade psicossomática do ser humano e enquanto templo revela, por aquilo que é, a natureza do sagrado no homem.
Estas três abordagens são interdependentes, embora a nossa mente, por vezes, as separe. É notável que o termo «corpo» em francês se escreva sempre no plural, com um «s» final (corps). Tudo acontece como se suas dimensões objectivas, identitárias e espirituais se entrelaçassem ou, mais precisamente, como se se «interfecundassem» a cada instante para produzir a estranha «natureza humana».
As tradições esotéricas, orientais e ocidentais evocam três «corpos» para descrever a natureza do homem: o etérico, o astral e o mental. O primeiro transmite a energia vital recebida da terra e da posição das estrelas, do telurismo e do cosmos; o segundo inclui as emoções, os desejos e os pensamentos comuns; o terceiro representa a nossa capacidade de reflexão e intuição. São chamados «corpos» pois parecem poder separar-se uns dos outros e possuir uma existência autónoma. O corpo humano assemelhar-se-ia, então, a um conjunto de bonecas russas: o corpo físico, na sua exterioridade, seria banhado pela energia etérica, e depois, invisível e interior, teríamos o corpo astral que, por sua vez, conteria o corpo mental. Estas concepções estão próximas da filosofia platónica que distingue três tipos de alma humana: a vital, a sensível e a intelectual.
|
Submit your review | |
Voir les commentaires : 0